
segunda-feira, janeiro 31, 2005
entre abraços na sombra das paredes dorme o mar da cidade
a cidade cresceu nas ruas perpendiculares,
nítida
de horas encontradas
dentro de sons
encolhidos na magia da noite
na solidão o homem sonegou as palavras
amontoadas
desceu fantasiando os passos até
chegar ao último degrau da
cidade
de olhar ácido, explorou hesitante
os barulhos do dia
ventos, o restolhar das folhas
gemidos secos, disfarçados
frequentemente, corre sobre si
cansado do canto passado
pérfido na justiça,
remarcado sobre a ausência
dos caminhos de sombra
na cidade, ao fundo
o mar
em projectos quebrados
o homem envelhece duma idade
sem sinais
seduzido pelo mar
sente correr
a suja cidade
resvalando no corpo
a noite toca, violento
despede-se.
l.maltez
nítida
de horas encontradas
dentro de sons
encolhidos na magia da noite
na solidão o homem sonegou as palavras
amontoadas
desceu fantasiando os passos até
chegar ao último degrau da
cidade
de olhar ácido, explorou hesitante
os barulhos do dia
ventos, o restolhar das folhas
gemidos secos, disfarçados
frequentemente, corre sobre si
cansado do canto passado
pérfido na justiça,
remarcado sobre a ausência
dos caminhos de sombra
na cidade, ao fundo
o mar
em projectos quebrados
o homem envelhece duma idade
sem sinais
seduzido pelo mar
sente correr
a suja cidade
resvalando no corpo
a noite toca, violento
despede-se.
l.maltez
sábado, janeiro 22, 2005
sacudi as mãos da poeira do tempo
tenho as mãos impregnadas
do teu perfume
perdi-me de ti,
numa manhã esquecida
piso as ruas atravessadas
ténue nos meus passos
no corpo, fica a saudade
em cada poro
juntei os sonhos
que ficaram calados
nas madrugadas dissolvidas
as horas, essas correm nos dias
onde as cores são proibidas
grito segredos terríveis ao vento,
cansando o corpo
que se desfaz
no leito repousam as desilusões
onde estás?
sinto-te dentro de mim
mas muito longe de ti
l.maltez
do teu perfume
perdi-me de ti,
numa manhã esquecida
piso as ruas atravessadas
ténue nos meus passos
no corpo, fica a saudade
em cada poro
juntei os sonhos
que ficaram calados
nas madrugadas dissolvidas
as horas, essas correm nos dias
onde as cores são proibidas
grito segredos terríveis ao vento,
cansando o corpo
que se desfaz
no leito repousam as desilusões
onde estás?
sinto-te dentro de mim
mas muito longe de ti
l.maltez
domingo, janeiro 16, 2005
o tempo sem aparêcia visível
nasci no tempo,
o mesmo que me virá buscar
um tempo onde o tudo é nada
sempre igual, ao que deixou de ser
anelante de emoções,
no rumo da perfeição
no tempo
cruzei-me com o vento
entrou enfurecido,
seco, forçando rumos
apaguei as dúvidas corrompidas
onde o principio era a noite
que como sempre,
desaparece
perdi palavras, sem peso
nuas, assombradas e secas
a rua era húmida
estranha, impertinente na desordem
não deixei fossilizar o tempo,
regresso no amanhecer da claridade
de um sol que nasce
tempero o dia com o céu que cresce.
l.maltez
o mesmo que me virá buscar
um tempo onde o tudo é nada
sempre igual, ao que deixou de ser
anelante de emoções,
no rumo da perfeição
no tempo
cruzei-me com o vento
entrou enfurecido,
seco, forçando rumos
apaguei as dúvidas corrompidas
onde o principio era a noite
que como sempre,
desaparece
perdi palavras, sem peso
nuas, assombradas e secas
a rua era húmida
estranha, impertinente na desordem
não deixei fossilizar o tempo,
regresso no amanhecer da claridade
de um sol que nasce
tempero o dia com o céu que cresce.
l.maltez
sábado, janeiro 08, 2005
estrela do mar
vi-te estrela
encontrei-te a meus pés
eras estrela do mar
com cinco pontas de sal
não tinhas cor azul
o azul do céu ou do verde mar
sem luz,
frágil e fria,
branca cinza
peguei-te da maneira mais meiga
e próxima de mim chamei-te paixão
o sol escaldava
sufocava ao respirar
escutava o mar e o vento
transparente naquele calor ardente
perdi-me no tempo,
no silêncio entre mim,
a estrela e o mar
devagar a escuridão desceu inquieta
era tempo de voltar
de disfarçar calada
dores distorcidas
abracei-te de novo com meiguice
e chamei-te paixão
o ar ficou mais doce
fez-me sorrir de alegria
era urgente descobrir loucuras de emoção
em silêncio sobre ela adormeci
l.maltez
encontrei-te a meus pés
eras estrela do mar
com cinco pontas de sal
não tinhas cor azul
o azul do céu ou do verde mar
sem luz,
frágil e fria,
branca cinza
peguei-te da maneira mais meiga
e próxima de mim chamei-te paixão
o sol escaldava
sufocava ao respirar
escutava o mar e o vento
transparente naquele calor ardente
perdi-me no tempo,
no silêncio entre mim,
a estrela e o mar
devagar a escuridão desceu inquieta
era tempo de voltar
de disfarçar calada
dores distorcidas
abracei-te de novo com meiguice
e chamei-te paixão
o ar ficou mais doce
fez-me sorrir de alegria
era urgente descobrir loucuras de emoção
em silêncio sobre ela adormeci
l.maltez
fiz de ti a minha "roupa-velha"

terminou um ano, velho, cansado, antigo. como se fosse uma colina do instante,
cheio de tristezas e alegrias, cheio de pressas e frenesins. terminou!
deitei fora a “roupa-velha” vesti-me de novo e entrei no cantar do relógio das doze badaladas, com o meu cheiro a maresia, pois quero mudar, mudar principalmente de mim.
onda - l.maltez
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